"Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi, somente, assim que o mundo mudou."
(Fritjof Capra)
Traduzir esta página para:
sábado, 2 de abril de 2011
Um dia, quando alguns acordarem, pode ser muito tarde...
buscado no: blogdabethmuniz.blogspot.com - Travessia ((excelente blog)
O Brasil não é o Irã.
Não temos Iatolás para nos atolar - se bem que de quando em vez aparece um candidato.
Vivemos em um Regime Político Republicano e Estado de Direito Democrático.
Temos Uma Constituição Federal – Frágil, mas é a nossa Constituição, e como tal deve ser respeitada.
A Ditadura Militar já acabou – alguns ainda resistemtem a essa ideia.
O Congresso Nacional não é propriedade de políticos partidos e grupos. Religiosos.
O Estado é Laico – e assim deve continuar.
E as pessoas devem arcar com as responsabilidades e penalidades decorrentes dos seus atos. Sejam nos espaços públicos ou privados.
Diante de tanta demonstração de raiva, preconceito, racismo, homofobia que tenho lido (na web) e ouvido (sonoras) nos últimos dias, resolvi resgatar Maiakovski e Brecht.
Maiakovski
Na primeira noite eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem,
pisam nas flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e,
conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada”.
(1893-1930)
Brecht
Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso,
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso,
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso,
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho meu emprego,
Também não me importei.
Agora estão me levando.
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém.
Ninguém se importa comigo.que
(1898-1956)
Lendo o post da Beth e esses lindos poemas me lembrei da fábula "A ratoeira" já bem conhecida e cuja moral da história traduz exatamente a situação individualista que estamos vivendo na sociedade atual. Individualismo que nos custará muito se não mudarmos a maneira de ser e de agir, o de entender que o problema de um é problema de todos. Para quem não conhece ou quer recordar, segue...(Rosa Zamp)
A ratoeira
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa
abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao curral da
fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr.Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o
senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda. O rato foi até o
porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
O porco disse:
- Desculpe-me Sr.Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser
rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. A vaca lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?
- Acho que não!
Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a
ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua
vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra
venenosa. E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Para amenizar a sua febre, nada melhor que uma canja de galinha.
Então o fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente
principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram
visitá-la.Então para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
Então o fazendeiro sacrificou a vaca, para poder alimentar todo aquele povo.
(autor desconhecido)
Na próxima vez que ouvir dizer que alguém está diante de um problema e
acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que: quando
existir uma ratoeira todos corremos risco.
O Brasil não é o Irã.
Não temos Iatolás para nos atolar - se bem que de quando em vez aparece um candidato.
Vivemos em um Regime Político Republicano e Estado de Direito Democrático.
Temos Uma Constituição Federal – Frágil, mas é a nossa Constituição, e como tal deve ser respeitada.
A Ditadura Militar já acabou – alguns ainda resistemtem a essa ideia.
O Congresso Nacional não é propriedade de políticos partidos e grupos. Religiosos.
O Estado é Laico – e assim deve continuar.
E as pessoas devem arcar com as responsabilidades e penalidades decorrentes dos seus atos. Sejam nos espaços públicos ou privados.
Diante de tanta demonstração de raiva, preconceito, racismo, homofobia que tenho lido (na web) e ouvido (sonoras) nos últimos dias, resolvi resgatar Maiakovski e Brecht.
Maiakovski
Na primeira noite eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem,
pisam nas flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e,
conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada”.
(1893-1930)
Brecht
Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso,
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso,
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso,
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho meu emprego,
Também não me importei.
Agora estão me levando.
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém.
Ninguém se importa comigo.que
(1898-1956)
Lendo o post da Beth e esses lindos poemas me lembrei da fábula "A ratoeira" já bem conhecida e cuja moral da história traduz exatamente a situação individualista que estamos vivendo na sociedade atual. Individualismo que nos custará muito se não mudarmos a maneira de ser e de agir, o de entender que o problema de um é problema de todos. Para quem não conhece ou quer recordar, segue...(Rosa Zamp)
A ratoeira
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa
abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao curral da
fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr.Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o
senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda. O rato foi até o
porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
O porco disse:
- Desculpe-me Sr.Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser
rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. A vaca lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?
- Acho que não!
Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a
ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua
vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra
venenosa. E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Para amenizar a sua febre, nada melhor que uma canja de galinha.
Então o fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente
principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram
visitá-la.Então para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
Então o fazendeiro sacrificou a vaca, para poder alimentar todo aquele povo.
(autor desconhecido)
Na próxima vez que ouvir dizer que alguém está diante de um problema e
acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que: quando
existir uma ratoeira todos corremos risco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Rosa, ótimo post. Não custa sempre lembrar os desavisados. Conhecia os poemas mas não a história da ratoeira, muito boa.
ResponderExcluirbjs
Jussara
sempre cremos que nada vai acontecer conosco. A nossa visão é tão estreita e egoista que não damos valor ao que acontece à nossa volta. Mas a vida mostra o quanto estamos errados. Agora, estamos aprendendo, de fato?
ResponderExcluirEste teu texto, muito bom, é para refletirmos a nossa vida.
Parabéns pelo belo blog.
Um beijo e uma excelente semana!!!!
Dando-nos as mãos, caminhando juntos, ajudando-nos uns aos outros, dá para salvar o mundo... enquanto é tempo...
ResponderExcluirParabéns, que haja mais Rosas...!
Um abraço!
Lucia (blog:Da Cadeirinha de Arruar)
Conhece aquela cantiga de roda, "A Linda Rosa Juvenil"?...você fez-me lembrar dela, Rosa.
ResponderExcluirVoltei para agradecer a sua visita, as suas palavras. Deixei outras, lá na Cadeirinha....
Beijo cearense!
Lucia
Cá estou, para falar da rosa juvenil: no meu tempo de menina era cantiga de roda...hoje,há muitas gravações....é só buscar no google- a linda rosa juvenil- e lá está,vídeos aos montes.
ResponderExcluir-"A linda Rosa juvenil,juvenil,juvenil
vivia alegre a cantar, a cantar, a cantar.."
Rosa,quando você vir, vai lembrar...rssrs
Fiz uma analogia: os personagens da cantiga são:
a rosa, a bruxa e o rei.....A rosa é o mundo; a bruxa, a parte "podre" da humanidade; e o rei a parte sã da humanidade que pode salvar o mundo.
Por isso, associei uma rosa à outra...rsrsrs
Também lamento, não tê-la conhecido em janeiro,
de vera, Rosa!
Beijinhos!
Oi Rosa
ResponderExcluirEu não conhecia os poemas nem a história da ratoeira, teu blog é muito legal.
Um ótimo final de semana.
Beijão