"Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi, somente, assim que o mundo mudou."

(Fritjof Capra)

Traduzir esta página para:

quinta-feira, 31 de março de 2011

Sexo Frágil???

O mês de Março termina e embora o respeito a mulher deva ser ininterrupto, e à mulher cabe na sua luta diária não desistir, mas insistir; não se submeter, mas se impor; entre outras ações de dignidade. Presto aqui mais uma homenagem a nós mulheres que acreditamos: "sim, nós podemos"!



Vídeo de Newton Motta:http://www.youtube.com/watch?v=aAx2IwQKYyY - texto de Claudio Moreno

Pequena amostra de grandes mulheres...








Meu respeito a todas mulheres deste mundo que aqui vivem ou que já se foram, porém que nunca se acovardaram diante dos desafios para provar que nós somos mulheres sim, mas e daí? Rosa Zamp

quarta-feira, 30 de março de 2011

José Alencar: "Não posso ser omisso. Do contrário, como eu vou fazer a barba de manhã e olhar para a minha cara?"


Frases e reflexões do ex vice presidente José Alencar - mineirice a toda prova...

"Tenho consciência de que só sou vice-presidente graças a Lula. As pessoas não votam no vice, votam no candidato a presidente. Procurei não atrapalhar nas duas campanhas, e acho que não atrapalhei."

"A vida pública é uma doação"

"Eu fiz parte desse governo, mas o Brasil vai bem graças à dedicação extraordinária do presidente Lula."

“Não, esse negócio de empresário de sucesso não me dá nenhuma autoridade. Tenho muitos patrões. Tenho 175 milhões de patrões, devo satisfação a esses patrões. Esse negócio de empresário não quer dizer nada.”

“Não estou entregue. Estou entregue a quem sempre estive: às mãos de Deus.”

“Assim como vocês (jornalistas) eu também não sei o que é a morte. Então, eu não tenho medo da morte. Tenho medo da desonra.”

“Não. Não tenho medo de morrer. De forma alguma. Mesmo porque, se Deus quiser me levar, Ele não precisa do câncer. Tenho medo é da desonra."

“Se eu morrer agora vou morrer feliz. A situação não poderia estar melhor para mim. O Brasil inteiro está rezando por mim. Não tem como melhorar”


Descanse em Paz!

domingo, 27 de março de 2011

José Saramago - falsa democracia



Nada a acrescentar!

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=m1nePkQAM4w

sábado, 26 de março de 2011

Presentes que são um tesouro!

Quando somos presenteados com selinhos de blogs é motivo de muita alegria por que significa que fomos lembrados, que nossa página é apreciada.
Os selinhos abaixo é da Aninha do blog http://paraisodoeducando.blogspot.com/ um show de blog voltado para a Educação que recomendo a todos visitarem, vale a pena!

Muito fofos...

e


Obrigada Aninha e muito sucesso!

quinta-feira, 24 de março de 2011

"Homenagem" aos EUA, França, Inglaterra e todos seus aliados

Recebam com Honras a lisonjeira homenagem dedicada aos responsáveis pelas Nações que se empenham, árdua e incondicionalmente, em nome da Fortuna e do Poder à destruir e arrasar outras tantas Pátrias.
Que desconhecem o "poder da palavra" enquanto diálogo pacifista, mas tem estreito conhecimento dos efeitos dessas quando utilizadas para manipular, coordenar e ordenar a invasão de terras que não lhes pertencem, à morte de milhares de pessoas - muitas sem ao menos saber porque nasceram -, a posterior escravidão que se impõe aos que sobrevivem às forças contrárias.
Ah...são tantas as consequências...
Honras... recebam e usufruam enquanto podem porque não há Poder construído sobre a desgraça de outros que se mantenha por tanto tempo.
A Roda da Fortuna gira... e Impérios caem...
Rosa Zamp

Vídeo versão Andre Rieu


Carmina Burana (o Fortuna) tradução com versão completa

Cantiga de la
Fortuna,imperatriz do mundo

O fortuna
És como a Lua
Mutável,
Sempre aumentas
Ou diminuis;
A detestável vida
Ora oprime
E ora cura
Para brincar com a mente;
Miséria,
Poder,
Ela os funde como gelo.

Sorte imensa
E vazia,
Tu, roda volúvel
És má,
Vã é a felicidade
Sempre dissolúvel,
Nebulosa
E velada
Também a mim contagias;
Agora por brincadeira
O dorso nu
Entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
E virtude
Agora me é contrária.

E tira
Mantendo sempre escravizado
Nesta hora
Sem demora
Tange a corda vibrante;
Porque a sorte
Abate o forte,
Chorai todos comigo!

Eu lastimo pelas feridas da Fortuna

Choro as feridas infligidas pela Fortuna
com olhos lacrimejantes,
pois seu tributo de mim
cobra agressivamente;
Na verdade, está escrito
que a cabeça coberta de cabelos
a maior parte das vezes
revela-se, quando a ocasião se apresenta calva.

No trono da Fortuna
eu sentara, elevado,
coroado com as flores
multicoloridas da prosperidade;
apesar de ter florescido
feliz e abençoado,
agora do alto eu caio
privado de glória.

A roda da Fortuna gira;
eu desço, diminuído;
outro é levado ao alto;
lá no topo
senta-se o rei no ápice ?
que ele tema a ruína!
pois sob o eixo lemos
o nome da rainha Hécuba.


Com todo respeito a homenagem de fato vai para as pessoas de bem da Líbia, do Afeganistão, do Iraque, da Palestina, da...

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MmNyxG3E_wg
Letra: http://letras.terra.com.br/orff-carl/74710/traducao.html

segunda-feira, 21 de março de 2011

Andre Rieu - Powerful Seas

Lindas imagens com música de primeira para refletirmos sobre nosso
planeta, sobre o valor da vida...

domingo, 20 de março de 2011

A Guerra...


A cor da dor...a dor da cor...

Em meio a tanto verde
o marrom da explosão no solo,
o cinza da fumaça
que deixa muitos sem colo.
Misturado ao branco da neve,
o vermelho sangue inocente
e púrpuro de tantas gentes.
O cristalino das águas se transforma
num turvo de cores amarguradas
que se fundem às lágrimas mais salgadas.
O laranja róseo da aurora boreal
se confunde à chama real
que um míssel sem cor
veio espalhar a mais dura dor.
Os seres de tantas cores vivas
tornam-se um misto de cores,
de dores e dissabores
do que antes eram vidas.
Rosa Zamp


imagens: IG e Google

Mais guerra: mais dores e menos cores...



A cor da dor...a dor da cor...

Em meio a tanto verde
o marrom da explosão no solo,
o cinza da fumaça
que deixa muitos sem colo.
Misturado ao branco da neve,
o vermelho sangue inocente
e púrpuro de tantas gentes.
O cristalino das águas se transforma
num turvo de cores amarguradas
que se fundem às lágrimas mais salgadas.
O laranja róseo da aurora boreal
se confunde à chama real
que um míssel sem cor
veio espalhar a mais dura dor.
Os seres de tantas cores vivas
tornam-se um misto de cores,
de dores e dissabores
do que antes eram vidas.
Rosa Zamp
.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

O sentimento de raiva, de tristeza, de impotência
supera a minha capacidade de argumentar, de criticar, de denunciar...
sobrou-me, hoje, uma única forma de expressar
o meu mais profundo pesar por mais uma guerra,
pelo fim estúpido de mais vidas,
por mais um pedaço do mundo que se esvai, pela
imbecibilidade da ganância pelo poder.
Poder?! Meu Deus...que poder é esse?
Rosa Zamp

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=P5ItNxpwChE
Encontrado no blog da aikatherine-musiikkikansio.blogspot.com/

sábado, 19 de março de 2011

Sr. Osama...ops...Obama, você e sua corja de imperialistas ditatoriais não são bem vindos a este solo gentil!


"Obama, volte para casa!

20 de março, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta.
Obama, tire as garras do Pré-sal!

Principal representante das políticas imperialistas e das guerras contra os
povos oprimidos de todo o mundo, o presidente dos EUA chega ao Brasil para
falar de “democracia e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se
dirigir ao povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas
populares, até então cenário exclusivo de grandes manifestações contra
ditaduras e em respeito aos direitos humanos: a Cinelândia, no Rio.
O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas traiu uma de suas
principais promessas de campanha, ao manter a prisão de Guantánamo, onde
estão milhares de pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento
justo: no último dia 7, Obama revogou seu próprio decreto, permitindo que os
presos de Guantánamo continuem a ser julgados por tribunais militares.

O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em
Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba
e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do
Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as
ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara
repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo
brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti,
já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de
dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado,
os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território
haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.

A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam
políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita
ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para
impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as
guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a
visita de Obama?

Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente
dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora,
a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo. A “Operação Líbia” pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu
anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia
Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de
petróleo e gás natural.

Depois da Palestina, Afeganistão e Iraque pretende uma nova guerra na Líbia.
Que serviria aos mesmos interesses que levaram à invasão do Iraque, em 20 de
março de 2003! Aliás, a escolha do “20 de março”, para fazer esse
pronunciamento às massas, não acontece por acaso. Convocada no Fórum Social
Mundial, nesta data estarão acontecendo manifestações em várias partes do
mundo, em apoio às lutas dos povos oprimidos, contra as guerras que
aprofundam a exploração dos ricos pelos pobres e que são movidas,
exatamente, pelos Estados Unidos e pelos países da OTAN.

Também o Brasil, principal país da América Latina, não foi escolhido por
acaso: eles estão de olho nas imensas riquezas do pré-sal e já falam em
reativar a ALCA – uma proposta contrária aos interesses da maioria do povo
brasileiro e que já havíamos derrotado nas urnas, em plebiscito popular.

Os governos esperam a comitiva composta por dezenas de empresários
norte-americanos que, junto à Obama, negociarão contratos preferenciais de
energia e infraestrutura, muitos aproveitando a “oportunidade” de lucros com
mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de
2016. É dinheiro público sendo gasto sem licitações e com amplas denúncias
de superfaturamento e desvios, veiculadas tanto pela grande imprensa quanto pelos Tribunais de
Contas. Podemos aceitar isso?

O ministro Antonio Patriota espera que tais acordos coloquem o Brasil na
condição de “igual para igual” com os EUA. Em troca o capital
norte-americano gozará de amplas vantagens em seus negócios no Brasil, com seus investimentos e lucros assegurados, dentre outras coisas, pelos financiamentos do BNDES à
megaempreendimentos com participação de empresas transnacionais, com sede
nos EUA.

A captação de dinheiro público brasileiro é vista como uma das fontes de
recuperação da economia norte-america, ainda em crise. Em suma, Obama quer
que o povo brasileiro financie o setor privado norte-americano, causador da
mesma crise de 2008!

Como pode o governo brasileiro se curvar ao imperialismo estadunidense,
reproduzindo o mesmo modelo de exploração e, agora com o agravante, de
utilizar dinheiro do BNDES para sustentar e reproduzir tal modelo? O mesmo
imperialismo que nos ameaça reativando a Quarta Frota, e que ainda fala em
deslocar para o Atlântico Sul os navios de guerra da OTAN?

A soberania nacional está ameaçada. Os Estados Unidos vêm ao Brasil para
negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do
que leiloar as nossas riquezas. Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma
de entrega das riquezas nacionais! O Petróleo Tem que Ser Nosso! A história
está cheia de exemplos de países que esgotaram suas reservas e permaneceram
mergulhados num mar de corrupção e de miséria! Não queremos repetir esses
exemplos."


Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso – RJ | Sindipetro-RJ | MST |
Sintnaval-RJ | Sintrasef | Condsef | Ascpderj | Comitê de Solidariedade à
Luta do Povo Palestino | PCB | PSOL | PCBR | UJR | Movimento Luta de Classes
| Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas | Modecon | Intersindical
| PACS | Jubileu Sul Brasil | MTD | DCE-UFF | DCE-UFRJ | Núcleo Socialista
de Campo Grande e de Santa Tereza

Fonte: Agência Petroleira de Notícias do Sindipetro-RJ (www.apn.org.br)

buscado no blog: http://juntosomos-fortes.blogspot.com



A esperança se volta agora para a postura da nossa Presidenta Dilma Rouseff diante das intenções nefastas desse representante imperialista.
Seu primeiro movimento nesse tabuleiro foi dado na ONU se abstendo de votar pelo ataque militar a Líbia, fazendo valer os princípio fundamentais das relações internacionais da nossa Constituíção Federal que rege a defesa pela paz, a solução pacífica de conflitos, prevalência dos direitos humanos, repúdio ao terrorismo e racismo e independência nacional. Essa já foi uma resposta bem endereçada aos Srs. do império e que venham mais.
É o primeiro e grande momento da presidente mostrar ao Brasil e a todas as nações oprimidas por esses covardes sanguinários como se faz política externa. O momento é agora, ao menos de se esboçar o futuro das relações entre o Brasil e EUA.
Aguardemos os resultados!
Rosa Zamp

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Brasil diz Não à Guerra e recebe aqui o representante da Nação que diz Não a Paz!

Dilma votou certo na ONU: bombardear a Líbia, não !

Na foto, o maior aliado da CIA - até ontem

Saiu no Globo:

Brasil, China, Índia, Rússia e a Alemanha se abstém e não aceitam o bombardeamento americano da Líbia.
O Brasil se absteve porque não acredita que bombardear Kadafi seja o melhor substituto para negociação e diplomacia.
Além disso, o princípio da “não intervenção” é um dos pontos centrais da política externa brasileira – desde sempre.
Se não, os americanos podem bombardear uma favela do Rio por causa do consumo de cocaína em Wall Street – que foi o que Bill Clinton fez para ocupar a Colômbia.
Os americanos purgam agora a parceria que fizeram com os serviços de inteligência da Líbia em busca de terroristas da Al Qaeda.
A Inglaterra abdicou de ter uma política externa independente dos Estados Unidos – seja o Governo Trabalhista ou Conservador.
A França exorciza o passado colonial e o presidente Sarkozy quer sair da forca com o pescoço do Kadafi.
O Brasil está noutra.
Não apoiou Mubarak meia hora antes de cair, como fez a Hillary.
Não finge que a Arábia Saudita é uma democracia.
E o Nunca Dantes reconheceu o Estado Palestino.
O Brasil está noutra, ao lado da China, da Índia e da Alemanha.
Depois a gente vê como a Líbia pode ficar igual ao Iraque.
(Paulo Henrique Amorim)publicado em 18/03/11 por: http://www.conversaafiada.com.br




O Brasil, o nosso país representa e defende a PAZ e o que espera-se é que nossa Presidenta Dilma deixe bem claro ao nosso visitante Sr. Obama os nossos princípios constitucionais nas relações internacionais conforme prevê o art. 4.º da CF:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade;
X – concessão de asilo político.

Que nossa Presidenta faça valer, mais do que nunca, os adjetivos recebidos durante sua trajetória política como: durona, mandona, punho de ferro, não carismática, enfim, agora é a hora de demonstrar para quê e porquê foi eleita a primeira mulher a governar este país.
Que deixe bem claro ao Mister Obama que, apesar da bela recepção e preocupação com a sua segurança, que aqui quem manda é unica e exclusivamente os brasileiros;
Que o país é soberano;
Que defendemos a cidadania;
Que priorizamos a dignidade da pessoa humana;
Que o Brasil não abrirá mão de suas riquezas naturais em troca de "acordos" que em quase nada nos beneficiarão;
Que os necessitados no momento são eles: a "grande potência...EUA", não nós: o Brasil;
Que O PRÉ-SAL É NOSSO, assim como a AMAZÔNIA sempre foi e sempre será NOSSA!

(Rosa Zamp)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Amo as gentes e amo o mundo, mesmo não sendo amada na mesma medida e tão pouco respeitada...


"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade."
"...gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Está é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado."
"Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes."
"Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina." (Paulo Freire)

De todas as lições que aprendi com esse grande mestre, retirei um pequeno resumo para a minha vida, a de que:
não fico a espera de um milagre, eu sou o milagre!
Sou a busca incessante pela concretização de sonhos.
A luta insana, incansável pela realização dos meus ideais, pela paz e por uma justiça social para todos!
Se assim eu não for, quem o será por mim?
Embora...isso canse e muito! (Rosa Zamp)

terça-feira, 15 de março de 2011

Mãe Natureza - "...estou farta de avisar..."

Show e cheio de sabedoria
Hip-pop Rapper (de portugueses) - "...Sou a mãe natureza,logo a mãe de todos vós.Já mandei,trovões e trovões, qualquer dia mando o mar..."
Qualquer dia???



vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=-s6MJanzcVU&feature=player_embedded

domingo, 13 de março de 2011

Para os comprometidos com um Novo Mundo

Após ser gentilmente presenteada com selos de qualidades, selinhos mimosos, decidi que já estava na hora de elaborar meu próprio selo para homenagear os blogs de parceria constante e que possuem um compromisso com um mundo renovado, verdadeiro, justo e de paz. O selo destaca exatamente o mundo atual: globalizado, conectado, uma selva de pedra e de cabos eletrônicos, entretanto, nele uma nova vida renasce. A árvore simbolizando a esperança, o milagre da vida.
Preciso agradecer a colaboração da minha filha, já que apenas lhe passei a idéia de como gostaria que fosse, mas o resultado é mérito dela. Obrigada meu tesouro.
Espero que aprovem, gostem e o levem para que sempre se lembrem do nosso compromisso!


Não precisam responder à perguntas e não existem regras, aliás, a única solicitação é de que aqueles que forem presenteados com o selo o distribua para outros blogs, assim proporcionaremos uma divulgação dos blogs que têm se destacado no quesito acima.
Tenho muitos a presentear, então peço paciência por que o farei de forma gradativa. (R.Zamp)

http://abraabocacidadao.blogspot.com/
http://contextolivre.blogspot.com/
http://profdiafonso.blogspot.com/
http://www.moreiraneto.com/
http://educa-tube.blogspot.com/
http://jaderresende.blogspot.com/
http://muitaluz2011.blogspot.com/
http://coordpedagogica-nat.blogspot.com/
http://gilbertodeazevedo.blogspot.com/
http://flavioluizsartori.blogspot.com/
http://contrapontopig.blogspot.com/
http://maris-marina.blogspot.com/
http://anapiaia.blogspot.com/
http://taislc.blogspot.com/
http://paraisodoeducando.blogspot.com/
http://www.construtoradepalavras.com.br
http://amigasdaedu.blogspot.com
http://omeuvizinhoepiorqueoteu.blogspot.com/
http://provosbrasil.blogspot.com/
http://www.construtoradepalavras.com.br/
http://manualdafelicidade.blogspot.com/
http://paulorideaki.blogspot.com/
http://infoinspirat.blogspot.com/

sábado, 12 de março de 2011

Natureza x Homem: quem tem mais poder?

(imagem Google)

Qual Poder é o definitivo?

(imagem Google)

A resposta já foi dada e com direito a muitos "replays" mas, parece que o perdedor ainda não compreendeu. (Rosa Zamp)

Por: Carta Maior - Matéria da Editoria: Meio Ambiente
12/03/2011

Tragédias naturais expõem perda da noção de limite

Nas catástrofes atuais, parece que vivemos um paradoxo: se, por um lado, temos um desenvolvimento vertiginoso dos meios de comunicação, por outro, a qualidade da reflexão sobre tais acontecimentos parece ter empobrecido, se comparamos com o tipo de debate gerado pelo terremoto de Lisboa, no século XVIII, que envolveu alguns dos principais pensadores da época. A humanidade está bordejando todos os limites perigosos do planeta Terra e se aproxima cada vez mais de áreas de riscos, como bordas de vulcões e regiões altamente sísmicas, construindo inclusive usinas nucleares nestas áreas. A idéia de limite se perdeu e a maioria das pessoas não parece muito preocupada com isso. O artigo é de Marco Aurélio Weissheimer.
(Marco Aurélio Weissheimer)

No dia 1° de novembro de 1775, Lisboa foi devastada por um terremoto seguido de um tsunami. A partir de estudos geológicos e arqueológicos, estima-se hoje que o sismo atingiu 9 graus na escala Richter e as ondas do tsunami chegaram a 20 metros de altura. De uma população de 275 mil habitantes, calcula-se que cerca de 20 mil morreram. Além de atingir grande parte do litoral do Algarve, o terremoto e o tsunami também atingiram o norte da África. Apesar da precariedade dos meios de comunicação de então, a tragédia teve um grande impacto na Europa e foi objeto de reflexão por pensadores como Kant, Rousseau, Goethe e Voltaire. A sociedade europeia vivia então o florescimento do Iluminismo, da Revolução Industrial e do Capitalismo. Havia uma atmosfera de grande confiança nas possibilidades da razão e do progresso científico.

No Poème sur le desastre de Lisbonne, (“Poema sobre o desastre de Lisboa”), Voltaire satiriza a ideia de Leibniz, segundo a qual este seria “o melhor dos mundos possíveis”. “O terremoto de Lisboa foi suficiente para Voltaire refutar a teodiceia de Leibniz”, ironizou Theodor Adorno. “Filósofos iludidos que gritam, ‘Tudo está bem’, apressados, contemplam estas ruínas tremendas” – escreveu Voltaire, acrescentando: “Que crimes cometeram estas crianças, esmagadas e ensanguentadas no colo de suas mães?”

Rousseau não gostou da leitura de Voltaire e responsabilizou a ação do homem que estaria “corrompendo a harmonia da criação”. "Há que convir... que a natureza não reuniu em Lisboa 20.000 casas de seis ou sete andares, e que se os habitantes dessa grande cidade se tivessem dispersado mais uniformemente e construído de modo mais ligeiro, os estragos teriam sido muito menores, talvez nulos", escreveu.

Já Kant procurou entender o fenômeno e suas causas no domínio da ordem natural. O terremoto de Lisboa, entre outras coisas, acabará inspirando seus estudos sobre a ideia do sublime. Para Kant, “o Homem ao tentar compreender a enormidade das grandes catástrofes, confronta-se com a Natureza numa escala de dimensão e força transumanas que embora tome mais evidente a sua fragilidade física, fortifica a consciência da superioridade do seu espírito face à Natureza, mesmo quando esta o ameaça”.

A tragédia que se abateu sobre Lisboa, portanto, para além das perdas humanas, materiais e econômicas, impactou a imaginação do seu tempo e inspirou reflexões sobre a relação do homem com a natureza e sobre o estado do mundo na época. Uma época, cabe lembrar, onde os meios de comunicação resumiam-se basicamente a algumas poucas, e caras, publicações impressas, e à transmissão oral de informações, versões e opiniões sobre os acontecimentos. Nas catástrofes atuais, parece que vivemos um paradoxo: se, por um lado, temos um desenvolvimento vertiginoso dos meios de comunicação, por outro, a qualidade da reflexão sobre tais acontecimentos parece ter empobrecido, se comparamos com o tipo de debate gerado pelo terremoto de Lisboa.

A espetacularização das tragédias e a perda da noção de limite

Em maio de 2010, em uma entrevista à revista Adverso (da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o geólogo Rualdo Menegat, professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituo de Geociências da UFRGS, criticou o modo como a mídia cobre, de modo geral, esse tipo de fenômeno.

“Ela espetaculariza essas tragédias de uma maneira que não ajuda as pessoas entenderem que há uma manifestação das forças naturais aí e que nós precisamos saber nos precaver. A maneira como a grande imprensa trata estes acontecimentos (como vulcões, terremotos e enchentes), ao invés de provocar uma reflexão sobre o nosso lugar na natureza, traz apenas as imagens de algo que veio interromper o que não poderia ser interrompido, a saber, a nossa rotina urbana. Essa percepção de que nosso dia a dia não pode ser interrompido pelas manifestação das forças naturais está ligada à ideia de que somos sobrenaturais, de que estamos para além da natureza”.

Para Menegat, uma das principais lacunas nestas coberturas é a ausência de uma reflexão sobre a ideia de limite. É bem conhecida a imagem medieval de uma Terra plana, cujos mares acabariam em um abismo. Como ficou provado mais tarde, a imagem estava errada, mas ela trazia uma noção de limite que acabou se perdendo. “Embora a imagem estivesse errada na sua forma, ela estava correta no seu conteúdo. Nós temos limites evidentes de ocupação no planeta Terra. Não podemos ocupar o fundo dos mares, não podemos ocupar arcos vulcânicos, não podemos ocupar de forma intensiva bordas de placas tectônicas ativas, como o Japão, o Chile, a borda andina, a borda do oeste americano, como Anatólia, na Turquia”, observa o geólogo.

Não podemos, mas ocupamos, de maneira cada vez mais destemida. O que está acontecendo agora com as usinas nucleares japonesas atingidas pelo grande terremoto do dia 11 de março é mais um alarmante indicativo do tipo de tragédia que pode atingir o mundo globalmente. O que esses eventos nos mostram, enfatiza Menegat, é a progressiva cegueira da civilização humana contemporânea em relação à natureza. A humanidade está bordejando todos os limites perigosos do planeta Terra e se aproxima cada vez mais de áreas de riscos, como bordas de vulcões e regiões altamente sísmicas. “Estamos ocupando locais que, há 50 anos atrás, não ocupávamos. Como as nossas cidades estão ficando gigantes e cegas, elas não enxergam o tamanho do precipício, a proporção do perigo desses locais que elas ocupam”, diz ainda o geólogo, que resume assim a natureza do problema:

"Estamos falando de 6 bilhões e 700 milhões de habitantes, dos quais mais da metade, cerca de 3,7 bilhões, vive em cidades. Isso aumenta a percepção da tragédia como algo assustador. Como as nossas cidades estão ficando muito gigantes e as pessoas estão cegas, elas não se dão conta do tamanho do precipício e do tamanho do perigo desses locais onde estão instaladas. Isso faz também com que tenhamos uma visão dessas catástrofes como algo surpreendente".

A fúria da lógica contra a irracionalidade

Como disse Rousseau, no século XVIII, não foi a natureza que reuniu, em Lisboa, 20.000 casas de seis ou sete andares. Diante de tragédias como a que vemos agora no Japão, não faltam aqueles que falam em “fúria da natureza” ou, pior, “vingança da natureza”. Se há alguma vingança se manifestando neste tipo de evento catastrófico, é a da lógica contra a irracionalidade. Como diz Menegat, a Terra e a natureza não são prioridades para a sociedade contemporânea. Propagandas de bancos, operadoras de cartões de crédito e empresas telefônicas fazem a apologia do mundo sem limites e sem fronteiras, do consumidor que pode tudo.

As reflexões de Kant sobre o terremoto de Lisboa não são, é claro, o carro-chefe de sua obra. A maior contribuição do filósofo alemão ao pensamento humano foi impor uma espécie de regra de finitude ao conhecimento humano: somos seres corporais, cuja possibilidade de conhecimento se dá em limites espaço-temporais. Esses limites estabelecidos por Kant na Crítica da Razão Pura não diminuem em nada a razão humana. Pelo contrário, a engrandecem ao livrá-la de tentações megalomaníacas que sonham em levar o pensamento humano a alturas irrespiráveis. Assim como a razão, o mundo tem limites. Pensar o contrário e conceber um mundo ilimitado, onde podemos tudo, é alimentar uma espécie de metafísica da destruição que parece estar bem assentada no planeta. Feliz ou infelizmente, a natureza está aí sempre pronta a nos despertar deste sono dogmático.

http://www.cartamaior.com.br

Ganhar Selinhos é sempre muito bom!

É uma delícia receber reconhecimento e carinho dos nossos parceiros. Recebi o selinho abaixo da Mafalda do blog Felicidade é o Caminho. Não deixe de visitar o blog que é tudo de bom! Mafalda, obrigada...é uma graça!


Bem… agora passemos às regras: (parte difícil)

1 – Qual o seu nome completo? Rosa Zamp

2 - Como se auto define? Persistente, determinada: sinônimo de teimosa...rsrs

3- O que lhe motivou a criar o blog? Foi a partir de um curso de TICs do MEC. Ao criar o primeiro (de teste) me apaixonei e descobri que poderia realizar meu desejo de compartilhar meus pensamentos, meus sonhos por um mundo novo e minhas indignações diante da sociedade atual.

4 – O que não pode faltar na sua mala? gostaria que coubesse meu armário todo, mas nunca consegui (risos).

5-O que lhe dá forças para seguir em frente? A fé em Deus e a esperança na humanidade.

6 – Conte-nos algo de mais engraçado que já aconteceu consigo.
aff...não sou boa nisso...Ahh não sei se é engraçado mas, me lembrei de algo que me fez rir muito ontem. Liguei da escola para o meu marido para lhe pedir que baixasse algumas músicas para uma colega professora que estava precisando com certa urgência para trabalhar em sala de aula. Como eu sabia que estava desviando a atenção das coisas dele para "mais" um trabalho da escola procurei me justificar ao máximo. Pois bem, ele pediu a lista das músicas e cantores. Fui ditando uma a uma até que chegou na música "As Rosas Não Falam" e ele me interrompeu: - isso é o nome da música? respondi que sim e que o cantor era o Cartola, imediatamente ele completou: -Cartola...coitado...já morreu né? Ainda bem que ele não te conheceu senão essa música não existiria!
Apesar da raiva pela ironia dele, não aguentei e cai na gargalhada porque as vezes nem eu me aguento de tanto que falo, e o pior foi o povo da escola concordar com ele quando contei...


Bom, agora tenho de indicar 7 blogs, para ganharem este selo:
1 – http://muitaluz2011.blogspot.com/ da Roberta
2 - http://maris-marina.blogspot.com/ da Maris
3 – http://amigasdaedu.blogspot.com/ da Joelma
4 – http://selmaris.blogspot.com/ da Selma
5 – http://mariaselmadr.blogspot.com/ da Maria Selma
6 – http://paraisodoeducando.blogspot.com/ da Aninha
7 - http://www.construtoradepalavras.com.br/ da Marinha

Com todo carinho...Rosa (a que fala)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Senhora de Poderosas Palavras - Cora Coralina para sempre!

Dando continuidade à publicação de textos em comemoração ao Mês da Mulher, falamos hoje de uma poeta.

E também doceira, vendedora de livros, linguiças e banha de porco.

Brasileira. Guerreira. Revolucionária.

A revolução da palavra.



SABER VIVER, SEGUNDO CORA CORALINA




Nascida Ana Lins Guimarães Peixoto, viveu quase 96 anos; somente na sua última década de vida é que o Brasil a conheceu. Imaginem quem apresentou Cora Coralina para todos os brasileiros? O mestre de Itabira, que sempre nos diz: “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo”: Carlos Drummond de Andrade.

Sobre Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade nos diz em uma carta dirigida a ela, sob o título: Carta dirigida a Cora (1983):


“Minha querida amiga Cora Coralina: Seu “Vintém de Cobre” é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia…”


Muito mais que poetisa e contista, era uma sábia! Na sua sabedoria, escrevia coisas simples e repletas de lições para a vida. Uma delas?


Saber Viver

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto dura.


Cedo na vida, aventurou-se pelos lados de São Paulo, saindo dos grotões do velho Goiás. Sempre escreveu, mas não conseguiu, por tantos anos, apresentar sua arte para todos nós. Não participou da Semana de Arte Moderna (1922), pois o marido não tinha permitido! Viúva cedo, foi vendedora de livros, mudou de cidades algumas vezes, vendendo e fazendo linguiças e banha de porco. Soube plantar muitas alegrias e flores em sua vida, mas também colheu muitas pedras durante a caminhada:


Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Por fim, manda-nos uma linda poesia, uma singela oração, que pode resumir numa palavra o que são as verdadeiras lições da vida e da sabedoria. Sua bênção, Dona Aninha CORA CORALINA!


Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.


Do site Cuidar de Idosos, Dr. Marcio Borges, médico geriatra.
Por: http://abraabocacidadao.blogspot.com

quarta-feira, 9 de março de 2011

A união, a colaboração e o envolvimento sempre fazem a diferença!


Obrigada pelas manifestações de apoio (comentários e divs emails recebidos) ao pedido feito no post de anterior. Certamente não nos esqueceremos daqueles que se envolveram, mesmo que com simples palavras de apoio, de incentivo, de revolta e em especial aos que divulgaram o fato. Obrigada a cada um e saibam que tem aqui uma grande companheira!
Quanto ao desenrolar dos fatos transcrevo abaixo o relato do Prof. Ronaldo sobre as ações ocorridas hoje e que também podem ser visualizadas no facebook na página dele. Abaixo do relato faço as minhas considerações a respeito.


ACABEI DE CHEGAR DA REUNIÃO NA ESCOLA. CLIMA TRISTE. LEMOS A CARTA CONJUNTAMENTE. DISCUTIMOS MUITO E CHEGAMOS A ALGUMAS DECISÕES COLETIVAS:

‎1. Elaboração de um projeto de lei para instaurarmos o dia 05/03 (dia do assassinato de Reinaldo) como o "Dia de luta contra a violência infantil em Hortolândia); 2. Criação de um fórum permanente e anual de discussão sobre a temática: a idéia é termos um espaço de reflexão teórica, discussão sobre as ações ocorridas durante o ano, redação de documento a ser encaminhado aos órgãos municipais competentes, relativos às decisões tomadas no fórum; 3. Agendamento de reunião com o prefeito da cidade em nossa escola, juntamente com os secretários de saúde,educação e cultura.

Alguns encaminhamentos já foram dados:
1. O vereador Clodo já assumiu a causa e nesta semana estaremos elaborando conjuntamente o projeto de lei a ser apresentado na câmara de vereadores.

‎2. Já liguei para o gabinete do prefeito e a reunião está em vias de agendamento, a pauta será:1.criação de um centro de reabilitação para jovens dependentes químicos em nossa cidade; 2. Ter a permanência das crianças o maior tempo possível no ambiente escolar através de projetos educacionais e culturais; 3. Criação de um centro cultural na cidade para que nossos jovens possam ter acesso à cultura e lazer de qualidade quando nao estiverem na escola (estamos pensando nos alunos que sairão do 5º ano e não terão mais a escola municipal como espaço para realizaçao de tais atividades).

‎3. Se a prof. Corinta (Unicamp) autorizar, sugiro que o nosso primeiro fórum de discussão (em março de 2012) tenha como temática uma frase que usou em um dos seus depoimento sobre este caso: "Pelo direito à vida das crianças! Contra a morte violenta!"

CONTO COM VOCÊS
Ronaldo Alexandrino



Parabéns Ronaldo e ao grupo da escola. Fizeram a coisa certa e tomara que consigam alcançar os objetivos desejados. Se eu puder ajudar em algo contem comigo, embora eu já esteja muito desacreditada dessas ações políticas. Mas, enfim, não podemos desistir acredito que é apenas na base da união e da força mesmo, que "podemos" ter algumas conquistas. Quando falo em "força" é da mesma usada por quem está no poder: pressão sob o uso das mídias, de pessoas "influentes" (lamentável), medidas judiciais e outras linguagens que facilitam a compreensão daqueles.
Parece que assim a coisa "ameaça" melhorar. Contudo, não se pode afrouxar na pressão, senão tudo vira "arquivamento".(comentário no facebook)

Confesso que não me animei, nem tão pouco alimento espectativas no que diz respeito à administração e aos políticos de Hortolândia.
Como já disse, essa cidade não tem só um nome que lembra contos de Reinos, a forma como vem sendo administrada é que lembra em muito um regime político absolutista o que era próprio na idade média onde há o Rei e sua nobreza de uma lado e do outro seus servos e súditos ou vassalos:

Vassalagem é um sistema social e econômico que foi usado principalmente na Idade Média onde um indivíduo, denominado vassalo, oferece ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
O absolutismo é um regime político que restringe a liberdade dos vassalos. Reino é o conjunto de vassalos e servos de um rei.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/)

Hortolândia tem um povo humilde, de trabalhadores, de gente (grande parte) que saiu de suas cidades/estados natais e ali chegaram em busca de oportunidades de trabalho, moradia, de acolhimento. Outra grande parte não vive, mas trabalha na cidade por causa das grandes indústrias ali instaladas, além dos funcionários públicos que em grande número moram em Campinas e região.
Servos e vassalos? Será que fazemos parte de um Reino?
Vamos aguardar mais um pouco (pouco mesmo) o desenrolar do fato acima e de outros já há muito pendentes...então será compartilhado publicamente o que se passa em Hortolândia-SP, e que esperamos, poder dar um desenvolvimento diferente nesse conto, ou seja, de forma positiva para todos.(Rosa Zamp)

terça-feira, 8 de março de 2011

Amigos blogueiros: jornalistas, educadores, escritores, todos que lutam por um país justo e de livre expressão...preciso de ajuda!

Vocês que aprendi a respeitar, admirar e acompanhar peço-lhes ajuda para um momento que tornou-se inevitável. É com tristeza que abrirei publicamente aquilo que tenho evitado desde que inaugurei este blog. Uma luta...uma luta árdua, doída e de consequências sofridas diretamente na minha vida profissional e pessoal ( e de muitas outras pessoas) por não aceitar atos inescrupulosos, ardis, covardes, ditatoriais.
Os motivos são muitos e aos que se interessarem - espero que sejam os que se dizem contra tudo o que citei acima - terão muitas razões para acompanhar e principalmente, divulgar o que se inicia agora com uma Carta de Indignação elaborada por um servidor público (professor) de Hortolândia-SP, que assim como eu trabalha em prol de uma sociedade no mínino coerente e na mesma cidade. Leiam na íntegra e a divulguem por que isso é só o começo de um grande conto que tenho pra lhes contar.

"Adolescente “surta” e mata primo de 7 anos: o que temos a ver com isso?"

Nos últimos dias uma manchete sobre o assassinato de uma criança nos pegou de surpresa: Adolescente chega em casa, provavelmente sob efeito de alguma substância ilícita, tem alucinações, mata primo de sete anos e fere prima também adolescente... Muitos de nós ficamos chocados com a história, mas já estamos acostumados com tanta violência e sabemos que com o tempo esqueceremos.
Desta vez, comigo foi diferente.
Era uma noite de sábado, estava em casa e de repente o telefone toca. Já era dez e meia da noite. Minha chefe diz: “Ronaldo, lembra daquele nosso aluninho, Reinaldo? Esse ano ele está com a professora Denise, ano passado esteve com a Deicla...” Assim pelo nome não conseguia lembrar, e eis que ela continuou, “lembra que teve um garoto que caiu na rampa da escola e machucou o rosto? É ele...”. Neste momento me lembrei daquele rostinho levemente desfigurado por causa de um tombo, afinal as crianças adoram correr na escola, e perguntei a ela o motivo do telefonema...
“Então, o primo mais velho esfaqueou e matou ele...”
(...)
Desde aquele momento até agora estou perplexo. Além de sofrer com a perda de um aluno (pois em nossa escola um aluno não é apenas de um professor, mas de todos), fico pensando sobre o que este ato de violência está nos querendo dizer. Uma vida tão pequena não pode ter sido abruptamente interrompida e ser passada assim. Ela nos ensina algo.
Se este final de semana deveria ser festivo para todos nós, afinal é carnaval, tenho certeza que minha comunidade está em luto. Ainda não consegui conversar com todos de lá. Apenas sei que fiquei tão chocado que não tive forças para ir ao enterro. Jamais conseguiria me deparar com aquele rostinho, que outrora estava machucado por um tombo corriqueiro, agora desfigurado por golpes de facas que lhe custaram a vida. Como alguém que é apaixonado por crianças e seus barulhos, conseguiria ver o silêncio e a quietude de um corpinho num caixão?
O sentimento de ódio e indignação pulsava em mim. E é óbvio que meu primeiro alvo foi o adolescente-assassino. Mas foi apenas pensar em tudo o que ocorrera que mudei minha opinião. O hoje adolescente possui marcas de uma infância muito mais presentes em sua vida, do que a de um ser já adulto. Mas que marcas são essas?
Comecei a lembrar de minha adolescência. Estudei em uma escola pública de período integral com mestres intelectuais que até hoje são referência para mim. Durante esta fase da minha vida, estes profissionais trabalhavam conosco o desejo por um sonho, por um projeto de vida, e como faríamos para alcançar nossos objetivos.
Quais são os sonhos deste adolescente? Qual será sua utopia? Ou será ele mais uma vítima da sociedade em que vivemos? Em quais escolas ele passou? O que o poder público fez e fará dele daqui pra frente, principalmente quando este caso cair no ostracismo? Será que teremos profissionais da saúde mental dando todo o suporte necessário para este, também, menino?
O que mais me impressiona neste caso é o silêncio das autoridades competentes no município de Hortolândia: Onde está a deputada estadual, o prefeito, a vice-prefeita, os secretários e os vereadores? Qual é o vosso pronunciamento? Quais atitudes serão tomadas daqui pra frente para que não tenhamos outros Reinaldos esfaqueados em nossa cidade? (grifo meu)
Infelizmente, este caso apenas deflagra a carência de políticas públicas eficazes neste mundo em que vivemos. Afinal, crianças que crescem em contato com educação, cultura e lazer não deixam de sonhar. Possuem um projeto de vida. Não se tornam adolescentes que se contentam em viver seus dias lidando com medidas e punições judiciais.
Acho que esta foi a gota d’água que faltava em meu copo de indignação política. Precisamos de medidas urgentes e eficazes nesta cidade. Os responsáveis por esta cidade precisam assumir as rédeas de suas responsabilidades. Não dá pra esperar mais! (grifo meu)
Por hora, ainda não sei como será voltar para a escola depois do carnaval. Já soube que algumas crianças disseram que Reinaldo estará lá na quinta-feira. Ainda precisaremos ensinar as crianças a lidar com a perda, num mundo que está cada vez mais violento e sem perspectivas. Ainda não sei se aprendi a lidar esta perda, mas terei que fazê-lo: Ser professor não é tarefa fácil.
E ao nosso pequeno Reinaldo, a única coisa que posso dizer é que fique com Deus!

(Ronaldo Alexandrino)
Mestre em Educação e professor na mesma escola onde estudou Reinaldo.


Hortolândia...não lhes parece um nome que nos leva intuitivamente a pensar numa terra distante...de contos...da terra do nunca?
Ahh...antes fosse a terra dos contos de fadas, dos nobres bondosos contra as bruxas do mal onde o bem sempre vence. Infelizmente é exatamente o contrário. Uma legião de súditos de origem humilde, porém de brava gente são os meros servos desse nobre poder que administra essa cidade.
Porque a ironia? Aos muito bem informados, certamente saberão do que estou falando e que fique bem claro que o desabafo é independente de questões partidárias, até por que sabemos que partidos políticos não retratam mais uma ideologia irrevogável. Trata-se do Poder econômico (independente das fontes) que se sobrepõem aos ideais políticos e partidários, lamentavelmente.

Conto com vocês e aguardem o desenrolar do "conto"...
(Rosa Zamp)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher - 08 de Março



Maria, Maria
Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento e Fernando Brant

Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho, sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...
(vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=-SzWXl1ut08)
(Letra: http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47431/)

Parabéns a todas as mulheres, minhas grandes parceiras, deste blog e
em especial a Mulher que luta por um Mundo de Justiça e de Paz!
(imagem: google)

sexta-feira, 4 de março de 2011

É carnaval...a gente se acostuma...mas não devia


Seguindo o pensamento do texto de Marina Colassanti do último post...

O texto do post abaixo se encaixa muito bem com a postura do nosso povo, da nossa sociedade tão passiva diante de tanto desrespeito com os seus cidadãos. E sabe-se lá por quanto tempo ainda viveremos como meros expectadores do que se passa diante de nossos olhos e assim, consciente ou não, mantemos o status de servos, de submissão absoluta do que se é imposto para nossas vidas.
Já postei aqui sobre a coragem do povo do Egito parabenizando-os, mas, principalmente, destacando o exemplo que deram para o resto do mundo e que de fato serviu, de alguma forma, para outros povos.

Já no Brasil o que mais se lê e se ouve são notícias sobre os acontecimentos do outro lado do mundo, opiniões, críticas, conselhos, análises. Obviamente que precisamos estar informados sobre o que se passa em todo o mundo, no entanto torna-se inevitável questionar: de que adianta falar, noticiar, analisar e explorar sob todos os ângulos o que acontece no Oriente Médio como se fossemos os donos da verdade, absolutamente seguros para opinar, dar pitacos, enquanto aqui ainda se tem tanto a resolver, tanto para se fazer? Mas, a acomodação covarde que nos toma conta do corpo e da alma nos incita a reparar na grama do vizinho e a não cuidar da nossa.
Muito me incomoda essa acomodação, esse silêncio covarde no meio do barulho dos que se impõe.
Não se trata de colocar em dúvida a administração do nosso Governo Federal, até por que apoiei a eleição de Dilma e acredito na sua administração. Pensemos no Brasil, este enorme país com 27 unidades federativas e milhares de municípios com graves problemas sociais, estruturais, políticos, nas mãos de diversos administradores preocupados unicamente com sua manutenção e amplitude de poder.

Poder que cega, poder que aniquila, poder que acomoda, que paralisa àqueles que deveriam usá-lo em favor dos “sem poder”. Contudo, se os desempoderados não se deixassem ser cegados, aniquilados pela façanha do poderio, se o incômodo lhe envolvesse, talvez, poderíamos imitar a coragem dos povos do Oriente.

É...eu sei que a gente se acomoda, mas não deveria!!!

Bom carnaval com muito barulho e se sobrar um tempinho, pensemos sobre o nosso silêncio!
Rosa Zamp

quinta-feira, 3 de março de 2011

Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia...


Eu sei, mas não devia
(Marina Colasanti)

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

terça-feira, 1 de março de 2011

São Paulo: próximos 40 anos de enchentes, caos e mortes...muitas mortes


A matéria reproduzida abaixo do site do jornal O Estadão já decretou que o problema das enchentes em SP poderá ter solução no mínimo em 40 anos. Dessa pequena matéria, embora de grande impacto para os paulistanos, o jornal poderia ter ido um pouquinho mais a fundo em alguns pontos obscuros sobre esse tema, e "alguns" seria uma forma bem moderada de se tratar sobre o assunto. Afinal, são tantos questionamentos, tantos mistérios que lembram muito o "Triângulo das Bermudas" quando se pensa na quantidade de investimentos bilionários, ditos, realizados ao longo de quase duas décadas pelos que governaram este Estado.
Falar do que o Serra deixou de fazer nos últimos 3 anos é legítimo, mas é muito pouco, é migalha perto do que se deveria esclarecer sobre os últimos 16 anos de desmandos, ineficiência, ineficácia e obscuridades desse partido que tomou posse de SP.
Partido de extrema direita que se diz hoje "oposição", que jura de pés juntos que é o único que pode resolver todos os problemas do Brasil, embora seja incapaz de resolver seus próprios problemas internos partidário e que já provou total incapacidade de governar o Estado de SP.
Perguntas a serem feitas ao Sr.Serra, Sr.Alckimim, Sr.Covas, se bem que este já se encontra na "cova" e que aliás foi fundador deste (des)ilustre partido e aliado do seu antecedente Sr. Fleury.
Enfim, uma matéria com manchete real e importante, entretanto de pouco conteúdo e nada elucidativo. Ou seja, não há dúvidas sobre a fonte.
É Piada!!! (R.Zamp)

O Jornal Estado de São Paulo publicou a seguinte matéria:"Solução para enchentes em SP levará ao menos 40 anos

AE - Agência Estado

Ruas travadas, Marginal interditada, carros boiando, pessoas ilhadas. O drama durante as enchentes ganhou mais força ontem em outras regiões da capital paulista, principalmente norte e leste. O Rio Tietê, que ficou quatro anos sem alagamentos (entre 2005 e 2009), transbordou pela terceira vez em 50 dias. E, caso o prazo de investimentos governamentais seja mantido, São Paulo só vai livrar-se das enchentes em 40 anos.

Atualmente, 45 piscinões - ou um terço do previsto em 1998 pelo Plano de Macrodrenagem do Alto Tietê - foi finalizado, o suficiente para armazenar 9 milhões de metros cúbicos. Pelo projeto, para resolver o drama paulistano seria preciso fazer mais 91 reservatórios, com capacidade para 26,6 milhões de metros cúbicos (ou 9.500 piscinas olímpicas). Eles comportam temporais de até 80 milímetros - ontem na foz do Córrego Aricanduva caíram 82,5 mm, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).

O superintendente do Daee, Amauri Pastorello, diz que há problemas para construir reservatórios na região metropolitana, que segue em ritmo lento. "Faltam terrenos para ampliar piscinões." Para Pastorello, a chuva de ontem, que começou na zona leste, foi de grande intensidade, o que diminuiu a velocidade no escoamento do Tietê.

A vazão ficou reduzida a partir do entroncamento com o Tamanduateí e o Aricanduva. O contrato com a empresa que faz desassoreamento do Tietê acaba em abril. O Daee quer concluir nova licitação até essa data. O objetivo é retirar neste ano 2,1 milhões de metros cúbicos de sujeira do rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."
http://www.estadao.com.br

Frases desses senhores que não podem ser esquecidas:
"As enchentes são obras de Deus" (As chuvas até pode ser, mas as enchentes???)
"Não podemos resolver esse problema em 24hs!" (Claro que não, mas em quase 20 anos com certeza seria possível seus tucanalhas!!!)