"Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi, somente, assim que o mundo mudou."

(Fritjof Capra)

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quarta-feira, 9 de março de 2011

A união, a colaboração e o envolvimento sempre fazem a diferença!


Obrigada pelas manifestações de apoio (comentários e divs emails recebidos) ao pedido feito no post de anterior. Certamente não nos esqueceremos daqueles que se envolveram, mesmo que com simples palavras de apoio, de incentivo, de revolta e em especial aos que divulgaram o fato. Obrigada a cada um e saibam que tem aqui uma grande companheira!
Quanto ao desenrolar dos fatos transcrevo abaixo o relato do Prof. Ronaldo sobre as ações ocorridas hoje e que também podem ser visualizadas no facebook na página dele. Abaixo do relato faço as minhas considerações a respeito.


ACABEI DE CHEGAR DA REUNIÃO NA ESCOLA. CLIMA TRISTE. LEMOS A CARTA CONJUNTAMENTE. DISCUTIMOS MUITO E CHEGAMOS A ALGUMAS DECISÕES COLETIVAS:

‎1. Elaboração de um projeto de lei para instaurarmos o dia 05/03 (dia do assassinato de Reinaldo) como o "Dia de luta contra a violência infantil em Hortolândia); 2. Criação de um fórum permanente e anual de discussão sobre a temática: a idéia é termos um espaço de reflexão teórica, discussão sobre as ações ocorridas durante o ano, redação de documento a ser encaminhado aos órgãos municipais competentes, relativos às decisões tomadas no fórum; 3. Agendamento de reunião com o prefeito da cidade em nossa escola, juntamente com os secretários de saúde,educação e cultura.

Alguns encaminhamentos já foram dados:
1. O vereador Clodo já assumiu a causa e nesta semana estaremos elaborando conjuntamente o projeto de lei a ser apresentado na câmara de vereadores.

‎2. Já liguei para o gabinete do prefeito e a reunião está em vias de agendamento, a pauta será:1.criação de um centro de reabilitação para jovens dependentes químicos em nossa cidade; 2. Ter a permanência das crianças o maior tempo possível no ambiente escolar através de projetos educacionais e culturais; 3. Criação de um centro cultural na cidade para que nossos jovens possam ter acesso à cultura e lazer de qualidade quando nao estiverem na escola (estamos pensando nos alunos que sairão do 5º ano e não terão mais a escola municipal como espaço para realizaçao de tais atividades).

‎3. Se a prof. Corinta (Unicamp) autorizar, sugiro que o nosso primeiro fórum de discussão (em março de 2012) tenha como temática uma frase que usou em um dos seus depoimento sobre este caso: "Pelo direito à vida das crianças! Contra a morte violenta!"

CONTO COM VOCÊS
Ronaldo Alexandrino



Parabéns Ronaldo e ao grupo da escola. Fizeram a coisa certa e tomara que consigam alcançar os objetivos desejados. Se eu puder ajudar em algo contem comigo, embora eu já esteja muito desacreditada dessas ações políticas. Mas, enfim, não podemos desistir acredito que é apenas na base da união e da força mesmo, que "podemos" ter algumas conquistas. Quando falo em "força" é da mesma usada por quem está no poder: pressão sob o uso das mídias, de pessoas "influentes" (lamentável), medidas judiciais e outras linguagens que facilitam a compreensão daqueles.
Parece que assim a coisa "ameaça" melhorar. Contudo, não se pode afrouxar na pressão, senão tudo vira "arquivamento".(comentário no facebook)

Confesso que não me animei, nem tão pouco alimento espectativas no que diz respeito à administração e aos políticos de Hortolândia.
Como já disse, essa cidade não tem só um nome que lembra contos de Reinos, a forma como vem sendo administrada é que lembra em muito um regime político absolutista o que era próprio na idade média onde há o Rei e sua nobreza de uma lado e do outro seus servos e súditos ou vassalos:

Vassalagem é um sistema social e econômico que foi usado principalmente na Idade Média onde um indivíduo, denominado vassalo, oferece ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
O absolutismo é um regime político que restringe a liberdade dos vassalos. Reino é o conjunto de vassalos e servos de um rei.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/)

Hortolândia tem um povo humilde, de trabalhadores, de gente (grande parte) que saiu de suas cidades/estados natais e ali chegaram em busca de oportunidades de trabalho, moradia, de acolhimento. Outra grande parte não vive, mas trabalha na cidade por causa das grandes indústrias ali instaladas, além dos funcionários públicos que em grande número moram em Campinas e região.
Servos e vassalos? Será que fazemos parte de um Reino?
Vamos aguardar mais um pouco (pouco mesmo) o desenrolar do fato acima e de outros já há muito pendentes...então será compartilhado publicamente o que se passa em Hortolândia-SP, e que esperamos, poder dar um desenvolvimento diferente nesse conto, ou seja, de forma positiva para todos.(Rosa Zamp)

4 comentários:

  1. Mudar mentalidades demora. E muitas vezes nada se consegue. desistir não é a soluçáo:)

    Bom o teu lado activista!!!

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  2. Rosa, infelizmente essa situação que você descreve não é "exclusividade" de Hortolândia. Acredito que no interior de São Paulo haja outras tantas localidades onde isso acontece. Vivi alguns anos numa capital nordestina, e lá essa subserviência é muito patente. Os grandes intelectuais brasileiros apontam a desigualdade, a distância entrondosa entre a base e o topo da pirâmide, como a grande chaga do Brasil. No plano econômico-social. Mas que extrapola para o político. Em resumo: não vivemos numa democracia, numa república, mas numa oligarquia, ou seja, num governo aristocrata, de poucos, que só serve a seus iguais. A luta continua! Abraços.

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  3. Rosa, andava fora, mas soube muito por cima do caso. Agora lendo seus posts é que me intero do caso, com a internet tudo fica mais perto da gente! Espero que as ações propostas dêm resultado. Combate e esclarecimento sobre drogas é fundamental!
    bjs
    JUssara

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  4. Juntos somos mais fortes, não é?
    Belo post e mais belo o sentimento por trás das palavras!
    Bjo e sorrisos pra ti.

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