"Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi, somente, assim que o mundo mudou."
(Fritjof Capra)
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
O ódio maior que o Amor? Olho por olho dente por dente?
Não, definitivamente não! Chamem de utopia ou do que quiserem, eu chamo de "esperança e fé" na humanidade.
A história reproduzida abaixo, particularmente, é a prova de que os Bons são a maioria e de que o Amor ainda prevalece.
Buscado novamente no magnífico blog da companheira Sonia Amorim não poderia deixar de aqui compartilhar, apenas destoarei com todo respeito a autora de que não há irracionalidade no perdão, já a violência essa sim é irracional. Concordo...não é fácil, mas de que adianta alimentar a cultura do ódio e da vingança?
Não acredito na felicidade de um ser que cultive o ódio dentro de si. Não acredito na hipocrisia de quem se diz realizado por ter finalmente conseguido se vingar de alguém pelo mal que este tenha lhe causado.
Esses sentimentos promovem a ruína de quem os cultiva...ao seu tempo haverá de compreender.
Perdão é o sentimento mais sublime que o ser humano deve construir , desenvolver interiormente. Perdão é Amor e são indissociáveis.
A história abaixo é uma entre tantas outras do dia a dia e que não tomamos conhecimento por que enaltecer seres nobres, história com finais felizes não dá audiência para a mídia.
Se não gera lucro, aumento de capital para que promover a cultura da Paz no mundo?
O que dá lucro aos impérios capitalistas é justamente o contrário...é o armamento, a guerra, a violência gerando violência, ódio gerando ódio...estas são as bandeiras daqueles que se dizem "democráticos" e "defensores dos direitos humanos"
O dia em que a maioria dos Bons se unirem não haverá necessidades de "órgãos" para defesa daquilo que cada pessoa adquiri ao nascer...direito a vida, a vida plena e abundante.
(Rosa Zamp)
"Olho por olho, e o mundo acabará cego." (Mahatma Gandhi)
PS: leiam ao texto abaixo, vale a pena.
O que têm em comum Mark Strohan (texano preso por homicídio e que deverá ser executado no próximo dia 20 de julho) e Rais Bhuyan (bengali, imigrante legal, vivendo nos Estados Unidos há vários anos, cego de um olho)? O traço em comum entre os dois é justamente o olho perdido de Rais Bhuyan. Pois o responsável pela perda parcial de visão do bengali foi justamente Mark Strohan, que o atacou com um tiro no rosto.
Tudo começou no dia 11 de setembro de 2001, data que marca um novo ciclo na história ocidental e do mundo inteiro. O ataque às torres gêmeas plantou o terror e o ódio no centro do hemisfério, deixando um lastro de morte e destruição. Neste dia, Mark Strohan perdeu sua irmã e a inocência que lhe restava no coração. Passou a ser movido pelo desejo de vingança e pelo ódio a tudo e a todos que levassem qualquer proximidade e semelhança com os autores do atentado, responsáveis por sua perda e a dor incurável que ela provocara em sua vida.
Mark Strohan passou a perseguir e atacar imigrantes. Atirava para matar. Com dois, conseguiu seus intentos: um paquistanês e um indiano. Com Rais Bhuyan conseguiu apenas destruir seu olho. O bengali sobreviveu. E Mark Strohan foi preso. Era o dia 21 de setembro, dez dias depois do atentado que mudou o mundo e plantou o ódio no seu coração. O bengali retomou aos poucos sua vida, tendo que aprender a conviver com sua nova situação física. O texano ficou dez anos preso, foi condenado à pena capital e agora sua execução foi marcada.
Há, porém, uma voz que se levanta entre Mark Strohan e sua programada morte: surpreendentemente, a de Rais Bhuyan. O bengali que perdeu parte da visão pela arma do condenado não parece reger-se pela lei do Talião : “Olho por olho, dente por dente”. Mas sim pela compaixão que ensina a ver no outro, qualquer que ele seja, não importa o que haja feito, um irmão em humanidade. No intrincado aparelho judicial estadunidense, Rais Bhuyan luta para transformar a pena de morte decretada para Strohan em prisão perpétua. Não deseja a morte de seu agressor e, pelo contrário, luta para devolver-lhe a vida.
Bhuyan declara haver chegado à decisão de empreender este combate pela vida do homem que atirou em seu rosto e perfurou seu olho após um longo e duro processo de sofrimento e purificação. Dele saiu sem ódio no coração, mas cheio de gratidão por lhe ter sido dada a chance de viver. Sentia em si o desejo de fazer algo pelos outros. E logo essa alteridade em direção à qual se movia a nova compaixão que o habitava recebeu um rosto e um nome: o de Mark Strohan. Após consultar as famílias dos dois outros homens mortos pelo texano e delas receber a aprovação para o que desejava fazer, Rais lançou-se de corpo e alma na luta para libertar Strohan da injeção letal que deverá levá-lo à morte no próximo mês de julho.
Sua conduta chama a atenção e surpreende a opinião pública. Bhuyan tem que dar entrevistas explicando por que, em vez de vingar-se, escolheu perdoar. Como vítima do ódio, não seria mais lógico alegrar-se com a morte do agressor? A esta pergunta ele responde dizendo que deseja quebrar o ciclo do ódio e que o único caminho para isso é o perdão. Não vê Strohan como inimigo, mas como seu semelhante. Entende o que fez como fruto de uma perda de consciência e privação de sentidos. Deseja resgatá-lo como ser humano e dar-lhe a chance de ter sua vida de volta e redescobrir-se como ser humano.
Trabalhando em parceria com a advogada do condenado, Bhuyan tem esperança de conseguir seu intento. Quer encontrar-se com Strohan, falar com ele, declarar-lhe pessoalmente seu perdão. Ao saber disso, o texano chorou muito. Está disposto a receber seu defensor na prisão. O perfume do perdão derramado sobre o ódio e a violência que separou estes dois homens ungiu a distância e inaugurou uma nova aproximação. Uma ponte foi construída, o fosso foi transposto, Bhuyan e Strohan contemplam sua condição de seres criados para o amor e a relação, recém recuperada e renovada.
Contra a irracionalidade da violência, apenas a irracionalidade do perdão pode ter algum poder, alguma eficácia. Porque, como a palavra mesma diz, per-doar é persistir no dom. O dom da vida foi generosamente concedido a Strohan e a Bhuyan. Rompido pela violência de um, é restaurado pelo perdão do outro que persiste na doação. E o dinamismo vital continua em movimento, sem ser lançado no país escuro do “rigor mortis”. Contemplando a maravilha deste milagre, louvamos a Deus que criou a Strohan e a Bhuyan à sua imagem e semelhança.
Maria Clara Bingemer é teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. É autora de diversos livros, entre eles, ¿Un rostro para Dios?, de 2008, e A globalização e os jesuítas, de 2007. Escreveu também vários artigos no campo da Teologia.
Dom Total
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Bom dia, blogueira do coração. Obrigada pelas referências sempre carinhosas. Concordo plenamente com você. E só usei a expressão "irracionalidade do perdão" porque a autora do artigo assim se expressou. Você disse bem: vingança, violência, pagar com a mesma moeda... só interessam a este sistema capitalista perverso que nos submete. Grande abraço!
ResponderExcluirMinha amiga Rosa
ResponderExcluirgostei muito do seu texto sobre o perdão... susbrevo tudo o que você diz, embora te questione se a racionalidade não estará para a vingança, como a emocionalidade para o perdão???!!! Isto porque existem correntes que dizem que hoje a racionalidade é uma realidade mais técnica e estanque do que o que nós poderíamso entender dela...
Aproveito tb para partilhar contigo um post que fiz há tempos sobre o perdão a partir de uma situação sucedida comigo..veja qd tiver tempo e se achar que lhe interessa...bjs grndes
Aqui vai o link:
http://passosdailha.blogspot.com/2010/05/aforismo-perdoar.html
Ontem eu li um artigo contra preconceito que em última instância dizia "amar é mais fácil", aqui só posso dizer perdoar é um caminho árduo mas a recompensa é melhor, toda vingança é amarga.
ResponderExcluirbjs
Jussara
Cegos e desdentados:)
ResponderExcluirA violência/ódio é inato ao Homem.
Amar é de facto difícil e arriscado. Implica investimento com risco de perdas enormes. Mas é tão bom.
O ódio é fruto da estupidez. Disso não como:)
2 excelentes textos. E é curioso como estamos em sintonia no tema dos posts...lol
Mas não te vou odiar por isso...lol
Mais uma como tu e o mundo seria bem diferente:)
Sonia
ResponderExcluirOi querida companheira, eu entendi sim a forma como se expressou, até por que pelo o que já conheço de ti através do blog é o suficiente para saber que esse coração bate afinadamente com o meu. A minha referência foi à autora do texto e não de forma crítica de forma alguma.Apenas foi minha maneira de expressar o que aflorou em mim.
Seus posts me inspiram tanto que preciso cautela para não extrapolar no que digo.
Obrigada Sonia pelo "blogueira do coração", você é muito amável e eu sou sua fã!
Grande beijo e boa noite.
CF.
ResponderExcluirCélia sobre seu questionamento digo que se for pensado sob o enfoque do sistema social maligno ao qual estamos inseridos, submetidos, te respondo que sim. A razão aliada ao tecnicismo de fato se sobrepõe.
Já se falarmos,pensar e agir como humanistas..não!
E não respondo só por mim que é notório que sou muito mais emoção que razão, mas posso me fundamentar em grandes homens, pensadores, verdadeiros sábios que defendem/defenderam a irracionalidade do ódio.
É um tema que gera controvérsias...quem sabe ainda poderemos falar muito mais sobre isso.
Assim que der vou ler seu post, fiquei curiosa e depois te falo o que achei.
Beijos no coração querida amiga.:)
Palavras Vagabundas
ResponderExcluirOi Jussara, que bom que conseguiu postar...adoro quando vejo a imagem do seu blog aqui nos coments!
Sim, amiga...amar é muito mais fácil, dá muito menos trabalho e não causa danos emocionais nem físicos. Mas, não é isso que a sociedade nos leva a acreditar...
Temos de ser muito perseverantes.
Grande beijo amigabibliotecomaníaca....kkkk
Nossa de onde tirei isso???
M.
ResponderExcluirkkk...gostei dos desdentados...boa!
Acredito que somos levados a acreditar de que amar é difícil e a temer os riscos do amar incondicionalmente. Não sou hipócrita para dizer que assumir esses riscos hoje não nos trás dores, dissabores, decepções.
Ah...as consequências sei bem quais são, mas prefiro morrer me decepcionando à viver odiando.
Não havia percebido a sintonia e Deus me livre de você me odiar...rsrs Quero morrer tua amiga:)
Aiii...adoro quando me elogias assim...fico pairando no ar...(risos) e levitação :))
Nossa, Rosa!
ResponderExcluirFiquei sem palavras, este texto me fez refletir, como sou uma pessoa que ainda estou engatinhando no quisito amor ao próximo.
Sabe, falar sobre o amor, compaixão é muito fácil, mas agir conforme esta vitima é muito dificil.
Perdoar aquele que quase tentou lhe roubar o direito a vida, é uma forma muito complexa de superação!
Confesso que fiquei sem palavras, e a você minha amiga iluminada,parabéns pelas postagens,mais do que maravilhosas!
Sinto me melhor, uma pessoa "melhorada" a cada dia que absorvo a tua forma e essencia de vida!
Muito obrigado por existir, te adoro!
NAMASTÊ!
Rosa,
ResponderExcluirFelizmente - ainda que por vezes pareça que não -, ainda acredito no Homem.
Não me espanta a atitude, o perdão deste Homem em relação ao que o agrediu.
Sabes? Quando uma pessoa sofre na própria carne, algo de muito grave, de uma maneira geral só segue dois caminhos: o do ódio, ou o do perdão. A indiferença não cabe aqui.
E, felizmente, o perdão vindo destas pessoas ainda é uma realidade.
Lembrei-me do exemplo de João Paulo II que também perdoou àquele que o quis matar.
Ah, dirás tu, mas ele era Papa, logo...
Logo, era um Homem, um Homem como os outros. O facto de ser Papa não o tornava um Ser humano diferente.
É necessário estudarmos muito o papel/acção da igreja ao longo dos séculos?
Ainda há amor, sim! Mas é preciso fomentá-lo mais e mais.
Beijinho.
Paulo
ResponderExcluirNão pense que sou diferente de você, acredito que todos nós, por mais boa vontade que haja, ainda estamos num processo de evolução, engatinhando mesmo.
Falar é fácil querido amigo, o difícil é praticar no dia a dia e numa situação como essa relatada acima. Como você disse é preciso muita superação.
Ah...e tudo o que diz sabe que é recíproco, nós nos melhoramos mutuamente a cada partilha. E eu te adoro muito também.
Já me deixou mal acostumada, agora espero que não me abandone...
Beijos e Namastê!
Teresa
ResponderExcluirRealmente o que está faltando é acreditarmos mais no ser humano. Por causa dos "maus" acabamos por generalizar, a fazer a mesma medida para todos baseado em alguns.
Bem lembrado o caso do Papa, assim como tantos outros. O perdão, o amor, a esperança ainda prevalecem e se sobrepõe sobre sentimentos opostos.
Assim, eu acredito... e é muito bom saber que você também acredita.
Beijos amiga.
É minha primeira vez aqui e já deparo com esse texto sobre amor e ódio....um tema que me tem feito pensar muito nos ultimos dias...Amei...ah...virei seguidora....
ResponderExcluirMinha querida amiga ROSA:
ResponderExcluirMiúdos expor questões importantes, não acredito em "olho por olho, dente por dente" o que Gandhi disse ...
O mundo tem bons e maus, como o Ying-Yang, mas muito ruim de aceitar, sem mais delongas, eu, pessoalmente, ficar com as boas e as pessoas boas existem muitos calma e sempre querendo um mundo com mais bondade suss semelhante e um bem-estar claro ...
Em relação à pena de morte, eu sou contra, comparou o assassino ...
E o que acontece em países como a América do Norte, ea cadeira elétrica, gás letal, etc ...
Não faz o meu cabelo em pé, pensando que sendo ilegal ou preta, e mais inocentes, você executado um inocente, que é muito delicada, então eu não sou a favor, mas contra.
ROSA, não sei sobre você durante toda a semana, espero que você esteja bem e um beijo e um abraço, seu amigo Maria Trini Barcelona.
Passei aqui, neste Domingo, para ter abençoar com o meu perdão...
ResponderExcluirlol
Agora vou beber mais um copo....:)
lol
Marisa Mattos
ResponderExcluirBem vinda a esse mundinho todo nosso.
O tema está intrínseco em nossas vidas, um sério motivo para reflexão constante.
Que bom ter uma nova parceira, que seja o começo de mais uma grande amizade.
Abraço fraterno.
M.
ResponderExcluir|o|
Amém! Mas, o que foi que eu fiz?
Por favor, não me fale em copos...:~ ao menos não hoje
Parece que colocaram o Big Ben dentro da minha cabeça...
Mereço perdão por que foi por motivo justo e lindo!
Mari Trinidad
ResponderExcluirQuerida amiga também procuro me cercar dos bons e creio mesmo que são a maioria.
Pena de morte? Não! Ninguém tem o direito de tirar a vida do outro em nenhuma circunstância.
Amiga Mari me perdoe por ter desaparecido nos últimos dias é que estive muito ocupada resolvendo muitas coisas. Mas, estou ótima graças a Deus!
Esta semana vou procurar ficar mais em contato com todos.
Beijos e que a nova semana seja de muita paz.
Nyt vietetään kesä ja lomaa mutta silti käyn ilmoittamassa sivullani on lahja sinulle rakas ystävä maailman syleily sinulle.. jos tahdot.
ResponderExcluirOi, estou um pouco distante pois estou com alguns probleminhas, nada grave, só q me ocupa muito tempo, estou tentando me organizar melhor para poder acompanhar os post, obrigada pelo presente, adorei, mas terei q copiá-lo outro dia. Bjs.
ResponderExcluirJosandra
ResponderExcluirObrigadaaaa, adoro ganhar selinhos!
Vou já buscar.
Bjs querida
Aikatherine
ResponderExcluirOlá querida, quanto tempo! Fico muito feliz com sua presença aqui e ainda para me oferecer presentes.
Obrigada de coração por todo seu carinho e lhe desejo muita saúde e paz para você e seus familiares.
Grande beijo amiga.
Pati Alves
ResponderExcluirClaro que te entendo, eu sei perfeitamente que esses contratempos nos ocupam e nos afastam de algumas atividades. Também não tenho tido muito tempo para visitar a todos como gostaria e com mais frequência, mas infelizmente não tem sobrado tempo.
Fique tranquila e volte quando puder, eu continuarei passando por lá.
Espero que tudo se resolva bem.
Beijos e forte abraço Pati.