"Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi, somente, assim que o mundo mudou."

(Fritjof Capra)

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terça-feira, 24 de maio de 2011

Morre mais um Defensor das nossas florestas e riquezas naturais


Quantos ainda terão que morrer por apenas tentar proteger nossas florestas das mãos de assassinos covardes e inescrupulosos?
Até quando assistiremos passivamente a assassinatos de Chico(s) Mendes, Dorothy(s), José(s), Maria(s)...até quando?
Curioso, ou deveria dizer até assustador, já que o líder extrativista e sua esposa foram covardemente assassinados exatamente no dia em que se decide votar o novo Código Florestal. Votação que vem sendo solicitada, insistentemente, por diversas entidades, políticos e cidadãos que fosse adiada para que a proposta fosse melhor analisada e discutida pela sociedade.
Um Código a ser votado a toque de caixa envolto sabe-se lá em quantos e quais acordos para não desfavorecer os grandes agronegócios e demais interesses só poderá ser mais uma grande perda para os cidadãos brasileiros e para o planeta.
E as vidas que já se perderam em defesa de nossas florestas de nada terá valido.
Em ocasiões como hoje sinto vergonha de ser brasileira...
(Rosa Zamp)

O assassinato de José Cláudio Ribeiro da Silva

Amazon rainforest activist shot dead
José Cláudio Ribeiro da Silva fought against illegal loggers and had received death threats but was refused police protection
Tom Phillips, Rio de Janeiro, no jornal britânico Guardian
Tuesday 24 May 2011 19.59 BST

Seis meses depois de prever seu próprio assassinato, um líder defensor da floresta tropical foi alegadamente assassinado na Amazônia brasileira. José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo, teriam sido mortos em uma emboscada perto da casa deles, em Nova Ipixuna, estado do Pará, a cerca de 60 quilômetros de Marabá.
De acordo com um jornal local, Diário do Pará, o casal não tinha proteção policial apesar de receber frequentes ameaças de morte por causa de sua batalha contra madeireiros ilegais e fazendeiros.
Na terça-feira havia notícias conflitantes sobre se os assassinatos tinham acontecido na noite de segunda-feira ou na madrugada de terça. Um porta-voz da polícia disse ter relatos de um “homicídio duplo” num acampamento chamado de Maçaranduba 2.
Em discurso em um evento em Manaus, em novembro passado, Da Silva falou sobre o medo de que os madeireiros pudessem tentar silenciá-lo. “Eu poderia estar hoje falando com vocês e em um mês vocês terão notícias de que eu desapareci. Eu protegerei as florestas a qualquer custo. É por isso que eu poderia receber uma bala na cabeça a qualquer momento… porque eu denuncio os madeireiros e produtores de carvão e é por isso que eles pensam que eu não posso existir. As pessoas me perguntam, ‘você tem medo’? Sim, sou um ser humano, naturalmente que tenho medo. Mas meu medo não me silencia. Enquanto eu tiver força para andar eu vou denunciar todos aqueles que danificarem a floresta”.
Roberto Smeraldi, fundador e diretor do grupo ambientalista Amigos da Terra, que trabalhou com Da Silva na Amazônia, disse que estava em uma reunião com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, discutindo mudanças no código florestal, quando a notícia da morte de Da Silva surgiu. “Ele estava convencido de que seria morto”, Smeraldi disse. Ele acrescentou que Da Silva tinha sido “muito ativo” na luta contra a derrubada e queimada ilegais da floresta. De acordo com notícias da mídia brasileira, Rousseff pediu ao chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para dar apoio a uma investigação sobre o assassinato.
“Temos outro Chico Mendes”, disse Felipe Milanez, um jornalista ambiental de São Paulo, referindo-se ao seringueiro da Amazônia que se tornou mártir ambiental depois de seu assassinato em 1988. Milanez disse que em uma recente conversa telefônica com a esposa de Da Silva ela disse que a situação “estava ficando muito feia”. Milanez acrescentou: “Ele sabia que as ameaças eram reais. Ele estava com medo”.
Um relatório de grupos de direitos humanos brasileiros em 2008 listou Da Silva entre as dezenas de ativistas ambientais e de direitos humanos da Amazônia “considerados sob risco” de assassinato.

buscado no www.viomundo.com.br
imagem: google

3 comentários:

  1. Afinal os comentários ainda não ficam?

    Vamos ver desta vez:

    Acho incrível que ainda aconteçam coisas destas. Uma vergonha para toda a humanidade. O mundo está mesmo louco e parvo. E reinam os maus. Partem os bons...

    Percebo o teu azedume. E partilho dele:(

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  2. M.
    Não sei o que está acontecendo com o blog, achei estranho não aparecer nenhum comentário e logo desconfiei que a administradora está novamente nos deixando em más condições.

    Acho que agora entende porque estou azeda, mais...angustiada.

    Bjs querida.

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